segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Flash Back

O filme Tropa de Elite, do diretor José Padilha, lançado oficialmente em 14 de setembro de 2007, em São Paulo, deve – se tratar oficialmente , pois muitas pessoas já haviam assistido ao filme antes mesmo de seu lançamento, por conta da pirataria.
Gerou muitas discussões sociais, tratou do BOPE – Batalhão de Operações Especiais, contra traficantes de drogas do Rio de Janeiro, e junto a isso a conduta e a posição em que a classe média ocupa dentro de todo o contexto e principalmente os usuários de drogas, que infelizmente hoje, são na maioria das vezes os jovens da classe citada.
Todos já se esqueceram do filme, das várias mensagens que o autor intencionou em transmitir. Concordando ou não com elas, é preciso admitir que sua discussão se faz necessária “mais do que nunca na história desse país”
Vivemos em tempos de liberdade de expressão, duramente reconquistada após o regime militar que passou por seu auge há 40 anos. Época onde nem a proibição abalava jovens com verdadeira vontade de fazer seu país se desenvolver cultural política e economicamente.
O que dizer dos jovens de hoje que tem acesso a informações, jornais com conteúdo “aberto” (me refiro neste termo como sem censura prévia, como aconteceu durante a ditadura), internet, livre arbítrio para conversar e se manifestar diante do mau tratamento dado pelo Estado para o Povo, ao olhar questões como criminalidade e o tráfico de drogas? “Falta de tempo” é a desculpa mais utilizada, quando se trata de assuntos culturais e políticos. Quando na verdade é resposta verdadeira é a falta de interesse.
O jovem simplesmente não se importa, dá as costas a todos esses fatos. Adota uma postura onde declama a bela intenção em desejar ao próximo um mundo melhor. (fica apenas na intenção, sem ação, afinal nem sempre ao menos consegue manter o respeito entre os diversos estilos e escolhas entre eles mesmos, me refiro tanto a grupos e opção sexual ).
O lema para estar na moda é ter boa aparência, seguidora de esteriótipos. Um corpo atlético para os meninos, e glamoroso para as meninas. Freqüentar boas baladas, possuir variadas páginas na web propagando suas próprias imagens de faz de conta “sou perfeito(a)” para fazer parte dos tops da “facu”...
Mais tarde, “para relaxar, um baseado, ali onde ninguém vai ver.. que mal tem?... o que importa é causar...” e acreditam realmente que estão. Esquecem até “daquela” boa postura politicamente correta.
Ignoram a maneira como a droga chega em suas mãos, o importante é ter e usá – la . Por inconseqüência, ignorância, desleixo, sei lá..., esquecem que “ela” prejudica e até mata pessoas durante seu percurso. Será que nem à TV estão assistindo mais? Acho que somente aos “picadeiros”. Talvez romantismo e ignorância maior a minha em dizer que quem prejudica é a droga.
Juliane Maia, 22 de setembro de 2008

Nenhum comentário: