domingo, 21 de junho de 2009

PROFISSÕES



Ter ou não ter um diploma?
Eis a questão.
“mente sintetizadora é a habilidade de extrair o que é essencial do amontoado cada vez maior de informações despejadas diariamente pelos mais diferentes meios”
Gilberto Dimenstein
( Folha de S Paulo – 21 de junho de 2009)
Comparar os salários dos jogadores de futebol, com os de professores, é pra deixar qualquer um sem comentários, ainda mais que, destes, o que não possui diploma, ganha “milionariamente” muito mais do que os que têm.
Mas, o que ainda trará muitos comentários, é decisão tomada nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal, em permitir que qualquer pessoa, sem diploma, possa exercer a profissão de jornalista.
Sempre acreditei que tudo o que fazemos sem obrigação é feito por prazer, logo, os resultados são melhores. Um aumento no número de candidatos é previsto, mas há de se pensar ao mesmo tempo que haverá menos de capacitados. Ou seja quem tiver o diploma certamente terá vantagem. Os desistêntes do curso nos mostrará que só estavam cursando por conta da obrigatoriedade, e não pelo amor à profissão.
Há muitas profissões importantes que não exigem um diploma específico. Para ser bancário por exemplo, você pode estudar direito, economia, gestão em vendas, administração e até mesmo comunicação. Basta ter habilidade em aprender, não importa o quê. Para muitas áreas, somente a prática traz o conhecimento necessário. Técnicas são importantes, mas nos dias de hoje, como vemos, a tecnologia tomou conta de tudo, e se os diplomados mais conceituados, não aprimorarem sua prática, ficaram sem empregos. Segundo a Folha de S. Paulo, de 21 de junho, o Pregão mandará embora noventa de seus negociadores até o fim do mês corrente, pois serão substituídos por computadores. E isso não significa que essas pessoas não estejam a altura do cargo.
O próprio mercado de trabalho, têm mostrado que apesar de se exigir diplomados para a contratação, o funcionário deve se submeter a exercer várias funções dentro de seu emprego, ou não permanecerá no mesmo.
O que se exige, é a habilidade, vender... vender produtos, idéias, persuadir, trazer rentabilidade, e isso, muitas vezes a faculdade, não ensina.
Acredito que as mídias não contratarão estudantes de ensino médio para trabalhar em suas redações, a menos que tenham habilidades e capacidade. Se for assim, por que não? Quem garante que o mesmo, já não buscou conhecimento suficiente, somente por não estar na faculdade de jornalismo?
Cultura sem atitude é cultura inútil.
Juliane Maia

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Os perigos do quarto de vidro

Já, as seis da manhã, o Sol iluminava todo o meu quarto de boneca
Tudo era de vidro, mas as pessoas não me viam
Podia tudo se quebrar rapidamente, mas faria barulho.
Ai eu tomei cuidado
Não queria que me vissem, ainda que não pudessem, preferi ficar escondida
Eles me fariam mal, eu sei
Não queria que fosse assim – mas eu podia mudar a qualquer momento, eu sabia
Eles, fingiam, riam, mas escondidos choravam
Eles não me viam, mas eu os ouvia, e até sabia o motivo
Mas eu não quero falar disso, o problema é deles
Os dias se passavam, e eu tinha de caminhar de vagar, ou eu iria quebrar
E ainda não é a hora.

Quando eu me curar da loucura eu quebro.
juliane maia

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Não considere pretensão da minha parte, mas todos deveriam fazer jornalismo

A primeira coisa que se aprende no curso de jornalismo, é sem dúvida, averiguar quaisquer informações. Das mais importantes às mais banais, antes de se concluir e ou publicá – las.
Por mais seguras que sejam suas fontes, confie desconfiando. Como você irá saber se a fonte não faz parte dos mais interessados? E do mais ingênuo concluir, lembre -se dos filtros... e dos mais perversos pensamentos, ela pode te persuadir, para simplesmente se safar de culpas covardemente ocultas.
Um parênteses dentro deste item, é consultar com clareza, a outra parte. Que não deixa de ser fonte. (E é preciso coragem).
Como dizia, Golbery do Couto e Silva, “Nunca interrompa uma pessoas que lhe conta algo que você já sabe. Uma história nunca é contada duas vezes da mesma maneira, e é sempre bom ter mais de uma versão.”
A segunda coisa, é a maneira de como se transmite a notícia. A linguagem acima de tudo, por si só, distorce qualquer informação segura se não utilizada com a devida colocação.
A imparcialidade diante de opiniões e informações conturbadas, nos limitam ao equilíbrio. Ela, nos faz enxergar muitas coisas que se ocultam no calor das emoções. Principalmente de emoções acumuladas. Isso eu considero um perigo constante, trazer da notícia anterior o desgaste e a tristeza, para a atual. Isso, inadmissível.
A cautela das palavras usadas, prepondera sua adrenalina, e te coloca num nível de respeito, que logo faz com que seu ouvinte, leitor ou telespectador te dê a devida atenção e admiração.
Há pessoas, que em seu dia a dia, jogam palavras pela janela, sem se dar conta do que esta dizendo... e jogam também a noção do que perdem com isso.
As conseqüências, podem vir a ser irreparáveis, uma vez que a reconquista da credibilidade perdida, é quase como nascer outra vez.


**Juliane Maia**